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sexta-feira, 25 de abril de 2014

Miguel Cruz no 25 de Abril com "Vejam Bem" de Zeca Afonso...



Faz hoje 40 anos que aconteceu algo já muito esquecido...
O 25 de Abril apenas tem representado um feriado em que se relembra o que se fez outrora e não o que se pode fazer de hoje em diante.
Este vídeo foi feito quando fui dar um passeio por uma rua de Coimbra. Os rostos que encontrei representam o estado da nação e a impotência das pessoas perante essa situação. Não vi muitos sorrisos, a não ser nos turistas que às vezes apareciam, e não vi pessoas com uma postura determinada e um olhar forte para a vida.
É do oposto do que vi neste passeio que este dia, 25 de Abril, se deveria tratar.



Facebook: http://facebook.com/miguelcruzmusic
ReverbNation: http://reverbnation.com/miguelcruzmusic

Zeca Afonso: Música
Miguel Cruz: Vozes, gravação, mistura, vídeo
Duarte Emi: Masterização

quinta-feira, 17 de abril de 2014

"Maria" de João Tamura com Miguel Cruz e Sara Hayes...



Há assuntos delicados que quase ninguém se atreve a abordar, e quase que se consideram tabus...
No entanto, são assuntos que abordam pessoas que não deixam de ser pessoas e que fazem parte das nossas realidades...
João Tamura atreveu-se a escrever uma letra sobre um desses assuntos...
Tinha que dar uma letra forte!
Resolvi então participar modestamente apenas com a minha voz, juntamente com a Sara Hayes...
Para ouvir alto e ver em HD!
 

Tumblr de João Tamura: http://oelefantevagabundo.tumblr.com/

Download da canção: http://www.4shared.com/mp3/BIOtAGfaba/joo_tamura_-_maria.html

Bandcamp: http://eueumaraparigaqueconheci.bandcamp.com

Facebook: https://www.facebook.com/joaotamura540

Miguel Cruz: https://www.facebook.com/miguelcruzmusic

Letra:

tudo começa com umas mãos que não trazem mais que o medo
que deslizam por um corpo tão antes do seu tempo
e esse tempo é mais que lento, pois não para, continua
e é o medo. e é o negro. quando maria fica nua
e há o desejo de não ser mais mulher. não mais viver
não ser alguma coisa que algum homem quer foder
e a violência que o acompanha é um hábito que aceita
e dói-lhe o corpo inteiro quando se deita, então cheira...
entre trocos e um bouquet. entre copos e MD.
pois maria quando fode não é mais que o amor fingido
e a maria tanto morre toda a vez que despe o vestido
tudo o que dói à noite dói mais e a cidade é dos animais
e ela vagueia por entre eles e exibe-se sob sinais
e exibe a sua carne: as rugas e as varizes
e as mamas, e as pernas e as putas das cicatrizes
e o engate é uma dança - que se acalme toda a vergonha
pois na cidade há bueda drogas e ela adora-as todas
e em maria há o chorar pois viver assim magoa
e se um amor é um combate o sexo é a derrota
e a morte é toda a dor que no sozinho nega
pois quem nunca teve amor, qualquer carinho pega
e despe-se ao calor que aquele sorriso entrega
e vai-se todo o pudor no sabor que o vinho cega
e veste-se para ser despida. e maquilha toda a sida
e fode para viver maria, a vida é tão fodida
e às vezes a melancolia leva-a ao cinema sozinha
e que tudo entre em Maria até ela encontrar a saída

o que tens nas mãos
é meu e teu.